O labirinto e as Produções literárias
A idéia e o ideal de labirinto manifestam-se em produções literárias.
São expoentes dessa influência o poeta espanhol Juan Ramón Jimenez (publicou em 1910 uma coletânea de poemas – Labirinto) e García Lorca que certa vez disse:
“Labirinto confuso, com estrelas escuras, que divide em duas partes a minha ilusão, como se esta fosse um objeto já podre.”
Jorge Luís Borges nomeou uma de suas obras com o título Os Labirintos, na qual escreveu sob forte inspiração:
“Infelizmente eu sonhava com um labirinto pequeno e limpo, no centro do qual se encontrava uma ânfora que meus olhos viam e que as minhas mãos quase tocavam. Contudo, os caminhos eram bem complicados, a ponto de eu já ter a certeza de morrer, mesmo antes de atingir o meu objetivo.”
Já na França, o tema do labirinto encontra-se também inserido na linguagem, pois os franceses, em vez de dizerem: pentear-se, diziam: délabyrinthiser le cheveux (deslabirintizar os cabelos).
Há também aqueles que acreditam no fascínio do homem pelos labirintos como René Char (poeta francês) em seu trecho
“O homem recusa-se a deixar os seus labirintos”.
O mito milenar constrange-o a conservá-los, e Henri Michaux que convito afirma:
“No labirinto se encontra o caminho certo”.
Já Paul Éluard (famoso poeta surrealista francês) inspira-se e encerra o labirinto como parte de uma imagem surrealista:
“Luz negra, incêndio antigo, com os cabelos perdidos no labirinto”.
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