segunda-feira, 9 de julho de 2007

Labirintos x Catedrais


Encontra-se um fato curioso a respeito de labirintos presentes em igrejas medievais (catedrais).



Sabe-se, a partir de textos da época, que esses labirintos eram também conhecidos como o "Caminho para Jerusalém". Assim, esses labirintos eram um substituto à peregrinação à Terra Santa. pois os peregrinos judeus, impedidos de irem à Cidade Santa, substituíam essa viagem por uma jornada feita de joelhos pelo labirinto próximo a igreja.

Nas catedrias, no início do pavimento da nave central era colocado o Labirinto. Quase todos foram destruídos, mas em Amiens (refeito) e em Chartres (original) ainda permanecem.

Geralmente de forma circular, eles existem também na forma octogonal e quadrada. Têm sua origem no Labirinto de Creta,

Dédalo foi o arquiteto inspirador que na Idade Média serviu de modelo a todos os construtores. Há representações nos lugares da construção do labirinto, como na catedral de Reims de uma figura que representa o mestre de obras, verdadeiras charadas como se fossem assinaturas de um feito.

Colocados nas portas das cidades fortificadas ou no eixo central das Catedrais, os labirintos estavam para proteger dos inimigos e das influências malignas. Eles permitem que, ao caminhar em direção ao seu centro, como uma viagem iniciática, possa, em um exercício avançado e introspectivo, desenvolver o seu "eu", oculto para um não iniciado, mas também de conhecimento superficial para os iniciados que não se aprofundam. Fica inacessível e de certa forma interditado àqueles que não estão qualificados, notadamente porque demonstram estarem perdidos ao caminhar dentro do labirinto.

A superstição em torno do labirinto era muito forte e permanece até os dias atuais.

Na Índia, por exemplo, quando uma criança está prestes a nascer, os pais desenham em um papel um labirinto com 11 voltas, para que tudo corra bem.

Para os esotéricos, o labirinto significa o nascimento e a morte, tendo como seu maior significado a purificação para o sagrado.

Para os Vikings, o símbolo da espiral era uma forma de designar as forças de Thor, o deus da justiça.

Os cristãos dos primeiros séculos, viam o labirinto como a representação da Via Crucis de Jesus em Jerusalém.

O comum é que todo labirinto tenha 11 voltas. O número 10 representa a divindade e o 11, a força, que por sua vez, representa a compreensão da espiritualidade. O labirinto pode ser substituído pelo desenho de uma espiral, que representa libertar algo preso do passado, facilitando o contato com o seu inconsciente, liberando traumas, e até mesmo a possibilidade de visualizar cenas de uma vida regressa.

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